Eu aproveitei esses dias de febre alta e repouso forçado para meditar sobre algumas coisas (quando não estava dormindo, claro), e uma delas foi sobre a força da palavra.
As palavras são a única maneira de expressarmos algo (considerando que até os números, para serem ditos e entendidos, são convertidos em palavras). Errou por pouco o Grande Pitágoras ao dizer que tudo são números... TUDO É PALAVRA.
Com a palavra, o Homem tem invocado, desde o seu despertar, deuses e demônios, benção e pragas, cura e doença...
Com a palavra, o Homem fez tanto a guerra quanto a paz, a morte e a vida! Batizou heróis, derrubou alguns deuses, ergueu alguns outros, chamou a Ciência de Tao...
A palavra educou seus filhos, seus netos, seus bisnetos e toda a geração! Descreveu belas paisagens, contou histórias de amor, de solidão, de amizade e de coragem.
Manteve viva a memória de um povo...
Criou o mundo! (João 1:1,2,3,14)
E aqui estamos nós, bradando muitas vezes palavras ao vento, sem ao menos pensar em sua força, em seu poder!
A ciência já demonstrou que os animais não possuem uma racionalidade equiparada à do homem, e, consequentemente, uma vez que é fruto da cultura, também não deve possuir palavras tais como as nossas (realmente, se possuíssem, o mundo já teria sido dominado pelas formigas!).
Apenas nós, pobres mortais feitos de um emaranhado de carbono e alguns outros compostos, explodindo bombas de sódio e potássio a torto e a direito como meros itens da natureza completa, imortal e infinita, podemos utilizar esse veículo tão poderoso de criação e destruição... a palavra, o que, de fato, nos equipara a titãs!
As palavras faladas são como cinzas jogadas do cume de uma montanha... jamais poderemos recuperá-las...
E não custa lembrar o velho adágio: “Quem profere em demasia, saúda eqüinos ao alvorecer!”
Temos dois ouvidos e uma boca só, não é a toa...!
6 comentários:
E falando em palabra: na cultura popular, "Aleluia" é dita muitas vezes com caráter cômico, quando ocorre algo bom contrário à ordem normal dos acontecimentos, caracterizado como um "milagre".
Então, Guigui, pra você que finalmente blogou, eu o saúdo com o vom e belho: "Hallellujah"!
Claro que não é à toa, precisamos de dois ouvidos pra escutarmos com eficiência e nos manter atentos, mas não precisamos de duas bocas pra sermos ouvidos direito! Como um ouvido sozinho não faz o serviço todo, não dá pra dizer que temos "mais ouvidos" do que boca! Se um apenas fizesse todo o trabalho aí sim poderíamos dizer que temos ouvido em excesso pra escutar mais... bah, odeio essa frase huahauha nem faz sentido nenhum...se for assim temos mais órgãos responsáveis pela fonação do que pela audição =P
No mais, é como disse o sábio Lajoie:
"Stick and stones break my bones, but's it's the words that make me cry."
hauhauhauauhuau
ps: mas e quanto ao provérbio original ("Sticks and stones may break my bones but words will never hurt me")?
Legal você ter postado isso. Hoje mesmo eu estava pensando em como a linguagem, escrita ou oral, foi um desenvolvimento fantástico.
Mas mais importante que a palavra dita é a palavra pensada. Acho que o maior valor da palavra não é a comunicação. É a capacidade de gerar, desenvolver e armazenar uma cadeia de pensamentos lógicos; enfim, acredito que a linguagem e o pensamento racional em si estão bastante interligados.
ora mas sem a comunicação você não teria a palavra, uma vez que ela se passa atravez dela mesma,num processo chamado comunicação...
mas entendi o que você quis dizer e concordo em parte
Eu também concordo em parte. E concordo com o Fox quando ele diz que sem a comunicação você não teria palavra. Uma coisa depende da outra e acho que a importância de cada se dá em níveis relativos.
Esse assunto me interessou porque não a palavra, mas a comunicação em si, é objeto de estudo do meu curso. Aqui vale citar a teoria do Interacionismo Simbólico, que entende a comunicação como o ato ético humano, ou seja, o humano se humaniza pela razão da comunicação.
E é claro que a linguagem e o pensamento racional em si estão ligados. Isso é fato.
será que a comunicação é realmente necessária pra desenvolver uma maneira que permita a produção de pensamentos lógicos?
no nosso caso aparentemente foi assim, mas... bizarro isso
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