quarta-feira, 31 de outubro de 2012
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
Selton Mello e a Política Internacional
- Com que frequencia?
- O tempo todo.
Pois é amigos de outras estradas, hoje fui ao masp assistir, é claro, nosso querido Selton Mello no filme O Palhaço. A exibição do filme foi em lugar aberto, ao lado da AVENIDA PAULISTA! Que merda! Nos primeiros minutos de filme eu não conseguia entender praticamente nada, uma pena. Uma vez que meus ouvidos se acostumaram e aprenderam a isolar o som do filme foi até de boa. Enfim, eu gostei do filme, achei até bem emocionante e engraçado, coversando com a galera vi que teve gente que não curtiu muito, acho que porque a narrativa foge um pouco do padrão holywoodiano, mas assistindo lá a pessoal em geral deu bastante risada. E a maconha tava rolando solta lá é claro, e dava pra sentir o cheiro em cada esquina até a minha casa. Vamos dizer que eu cheguei em casa com os olhos vermelhos, não sei se foi o cisco que entrou no meu olho, se eu chorei no filme e não percebi ou se os maconheiros - que dominam são paulo - estão me obrigando a fumar (pasivamente) demais.
Na volta, um rapaz solava loucamente em sua guitarra, tive que parar alguns minutos para ouvir é claro.
segunda-feira, 8 de outubro de 2012
Diário de Viagem: Ouro Preto
Há algumas semanas a agência de fotografia Barrocopress entrou em contato comigo. Queriam fotógrafos para cobrir um evento anual de uma mineradora chamada Samarco, que fica truncada ali na região de Ouro Preto e Mariana. Era minha chance de conhecer e perder a virgindade da cidade histórica e fazer contatos importantes para o futuro. Como tinha a câmera em mãos por causa do trabalho, eu só não fotografaria o contato social e o clima antropológico de Ouro Preto se ñnão quisesse, mas isso não aconteceu.
Essa primeira noite foi aquela no estilo "quebradeira". Foi a primeira impressão e a mais marcante daquilo que geralmente se encontra em uma república em Ouro Preto. Meu anfitrião me levou direto na cozinha da casa, queria me mostrar algo. O segui e quando chegamos lá, ele cuidadosamente pegou um prato em cima da geladeira e me mostrou o que tinha nele. Não sei a quantidade exata, mas posso jurar que havia, no mínimo, quatro colheres de concha de maconha ali dentro. "Pra quem quiser, só pegar. Self-service", ele me disse, e depositou o prato de volta onde estava.
Dali fui conhecer o resto do pessoal. De certa forma estava em casa, depois que conheci aqueles que estavam ali. Músicos, pintores, escritores (a própria irmã do meu amigo é professora de Português numa escola fundamental lá de OP). Artistas de um modo geral. Me simpatizei bastante com Franz, o cara que toca duas flautas ao mesmo tempo na foto. Ele realmente fez aquilo, e depois me ensinou como fazer e durante o resto da madrugada fiquei brincando com aquilo.
Depois de cumprir com o protocolo social de conhecer todas as almas ali viventes, as quais estavam me hospedando, eu recebi o convite. Sentamos na roda e o beck começou a girar. Eu não perdi a chance e para o MT que sempre foi adepto do "i seriously doubt" toda vez que toco nesse assunto: não, MT, não foi a primeira vez que fumei maconha. Não fumei daquela que tinha no prato do self-service. Fumei daquela que a galera carregava no bolso. A do prato não fiz uso dela em momento algum. Acenderam logo dois cigarros pra umas 7 pessoas que estavam ali. Eu fumei de um só e fui fotografar. Todas essas fotos que estão aí foram feitas sob o efeito da droga.
Quero fazer um post dissertando sobre o efeito que essa merda dá aqui no blog também. Fiz um vídeo porco, no escuro, o qual vou publicar aqui depois.
A questão é que esse dia foi quebradeira pelo seguinte motivo. Fui dormir umas 8 horas. Vi o raiar do sol no frio de Ouro Preto e ainda estava sob o efeito da erva quando deitei na cama pra descansar. Durante a noite eu e o Pardal fumamos, com mais um cara uns 4 baseados. Não. O efeito não é cumulativo. Ele só é prolongado.
Enquanto todo mundo que estava na república dormia ou estava andando pelas ruas de Ouro Preto, eu e ele e mais o terceiro sujeito (que havia fumado com a gente mesmo depois de ter tomado LSD), ouvimos música e ficamos rindo de nós mesmos. E essa foi só a primeira noite. Foi dividir os posts por dia aqui. Fica mais fácil pra mim e menos cansado pra quem lê.
quinta-feira, 4 de outubro de 2012
Brother John of Jesus
quinta-feira, 27 de setembro de 2012
A Última Noite
terça-feira, 25 de setembro de 2012
Cartas para Iwo Jima
segunda-feira, 16 de julho de 2012
Shows que eu já vi
domingo, 15 de julho de 2012
Shows que não verei
sexta-feira, 13 de julho de 2012
Rock Cambojano
quinta-feira, 12 de julho de 2012
domingo, 8 de julho de 2012
Déjà vu
segunda-feira, 2 de julho de 2012
Eu cansei!
segunda-feira, 25 de junho de 2012
And the Heavens Shall Tremble
Prometo que quando tiver tempo, vou tirar uma foto e publicar aqui. Mas, por enquanto, tamanha a minha empolgação em fazer esse post pra contar sobre isso que vocês vão ter que se contentar com essa imagem aqui mesmo.
terça-feira, 12 de junho de 2012
Versos e Música
Vocês acham que existem versos que são imusicáveis?
O que me fez pensar isso foi a música abaixo:
Até onde eu sei esse poema foi concebido tão somente como poesia, sem intenção de se tornar música. Os versos estão entre os mais bonito que consigo recordar. Mas não gostei da música. E quem tentou dar vida a ela é um dos mais competentes que o Brasil já teve.
Naturalmente só porque eu não gostei não significa que não tenha ficado bom e que tudo é musicável, o que muda é se o resultado final é bom ou não e blablablabla.
Sem argumento vazio.
O que vcoês acham?
quarta-feira, 6 de junho de 2012
Paierin no Beiço
terça-feira, 22 de maio de 2012
Príncipe gay da França
Pois é, o blog tava ficando muito filosófico. O qu você acha disso elba?
O que dizer sobre o instante posterior ? Apenas que ele nos acompanha e determina muitas de nossas
grandes experiências de vida. Personificado, carregado de emoções ele caminha com suas outras formas, que são o instante anterior e o agora.
Estamos presos a ele, nossa experiência de vida passa sempre por um instante posterior, que vem, e vem, inexoravel, agregado a tudo o que fazemos. Quando ansiamos por algo, por experiências, por momentos, lá está o instante posterior pronto para nos mostrar todo seu explendor, sempre mutável, e sempre presente, sorrindo com uma de suas infinitas facetas.
Futuro, resultado, consequência, nomes diferentes do instante posterior...
Quando pensamos um pouco percebemos que ele está por trás de todas as nossas ações, totalmente
seguro de que iremos a seu encontro, como um predador que espera imóvel pela sua presa inocente...
Para a presa o instante posterior é a surpresa, o medo, a luta e a morte. Para o predador é a própria espera, o cheiro que se aproxima, a adrenalina que se acumula...e o bote.
Ah, que bom é o instante da saciedade, do torpor digestivo e do sono despreocupado,
enquanto isso o instante posterior sorri em compaixão pela presa, e sorri admirado com a felicidade
do predador, que ignora o maior dos predadores, que contém em si todos os instantes posteriores...
Muitos que conheço dizem não ser possível perceber a dimensão supracitada, que é simplesmente
conceitual e pode apenas ser medida e constatada, mas a mim ela salta aos olhos, se mostra tão
óbvia quanto o espaço, ou a matéria.
Nomes são muitos, um deles muito bem representado por uma charada de Tolkien, e é com ela que me despeço, deixando o leitor encarregado de decifrá-la, em um instante posterior...
´´ Essa é a coisa que tudo devora,
Feras, Aves, Plantas, Flora.
Aço e Ferro são sua comida,
E a dura pedra por ele é moída,
Aos Reis abate, a cidade arruína,
E a alta montanha faz pequenina.``
Sméagol
segunda-feira, 21 de maio de 2012
Top do Bozzó e a Experiência Antropológica
De um mês pra cá eu dei uma passada rápida de 3 dias em BH. Fui de guia com um amigo que não sabia o caminho e não sabia andar lá dentro de carro. Ele tinha uma festa de 15 anos pra fotografar com a namorada e me pediu auxílio pra levá-lo até lá.
sábado, 19 de maio de 2012
Feliz Aniversário
sábado, 5 de maio de 2012
It`s Showtime!
sexta-feira, 20 de abril de 2012
Babel
sábado, 31 de março de 2012
Cartas Perdidas
Estava frio e os poucos trapos não faziam barreira digna ao ventou gélido. As mãozinhas magras tremiam, tentando tirar calor do cerrar dos próprios punhos. A fome apertava enquanto caminhava em busca de comida; aumentava a despeito do cheiro podre. Não havia mais nojo. Havia a necessidade do corpo, e só.
O corpo solitário e subnutrido se arrastava pelo descampado, zumbizando em torno de sacolas frescas. A maioria delas, contudo, já estava apinhada de gente, seus irmãos, que o rechaçavam de lá. Viu logo à frente uma sacola, rasgada e revirada, sozinha. Andou descalço até lá e se agachou, juntas estralando. Revirou e revirou, mas lá não havia nada fresco que lhe melasse a mão. Papéis, apenas. Num deles, um coração desenhado.
Era bem moço ainda, mas já entendia ironia. Aquela com que a vida sempre se lhe apresentara. De que vale um coração a um estômago vazio? Mas algo, talvez a inocência que ainda habitava aquela criança, talvez a promessa de memórias ternas ou coisa outra qualquer fez com que tomasse a carta - pois era uma - para si.
Desembrulhou o papel com alguma avidez. Era daqueles com pautas claras, com as bordas cuidadosamente destacadas, mas em si sóbrio. Uma caligrafia ocupava toda a sua fronte, caprichada como quem toma cuidado ao falar. Mas não pareciam palavras muito pensadas; pareciam palavras que brotavam redondas e belas, mas que deveriam soar dessa mesma forma, com perfeição. Abriu mais uma carta e sentiu nas palavras a mesma tepidez e o mesmo cuidado. E havia uma data e não era muito distante da anterior. Abriu mais e mais folhas, todas elas com a mesma caligrafia, todas elas exalando o mesmo conforto de lembrança boa, todas com o mesmo sentido... será? Não sabia ler.
O estômago roncou, puxando-o de volta à realidade. Guardou bem escondido a sacola em um canto, para se um dia quisesse olhar tudo aquilo outra vez. E seguiu revirando o lixo, buscando comida ou, quem sabe, outro amor perdido.
segunda-feira, 26 de março de 2012
Conversa Antiga
Algum dia, anos atrás, ouvi falar de Jorge Luis Borges, famoso escritor argentino. Mas não do modo como, em geral, ouvimos falar de grandes escritores do passado. Li em algum lugar que ele escrevia sobre situações absurdas, com um quê de fantasia permeando toda a sua escrita. Isso ficou guardado na minha cabeça, como que curiosidade traduzida em vontade de ler.
Eis que um dia, olhando livros à toa num livraria, me deparo com O Aleph, um livro de contos desse autor. Comprei.
O primeiro conto era magnífico, daqueles com uma história interessante e com divagações de sentido forte e bastante impactante. Não era apenas uma leitura; era um convite a um pensamento surreal, mas ainda assim lógico. Mas nem tudo escapava do concreto. Alguns contos narravam fatos históricos, mas de uma maneira bastante peculiar e analisando a situação sob pontos de vistas interessantíssimos. E Borges, acima de tudo, sabe como construir belíssimos finais para seus contos.
Mas esse início de texto é mais uma digressão que um direcionamento ao tema. A conversa de hoje é outra. E tenho uma quase certeza pungente de que já a tivemos antes.
É aquele papo sobre o significado por trás dos textos. Sobre como as pessoas atribuem sentidos os mais variados a passagens por vezes ordinárias. Já discutimos sobre isso, não me recordo se com ou sem cerveja. E não sei muito o que penso a respeito dessa abordagem de análise literária. É certo que toda forma encerra um conteúdo, mais ou menos superficial. Mas como saber se conseguimos acessar o conteúdo certo? Ou mais: o conteúdo certo é apenas o premeditado pelo autor?
Li hoje um texto de Borges sobre H. G. Wells (escritor de “Máquina do Tempo” e “A Ilha do Dr. Moreau”, entre outros) que acabou caindo nesse ponto. E achei o ponto de vista dele muito interessante:
“(...) A obra que perdura é sempre capaz de uma infinita e plástica ambiguidade; é tudo para todos, como o Apóstolo; é um espelho que torna patentes os traços do leitor e é também um mapa do mundo. Além do mais, tudo deve acontecer de modo evanescente e modesto, quase a despeito do autor, que deve ignorar todo simbolismo. (...)”
Isso carrega um sentido interessante e para que eu ainda não havia atinado. A verdadeira mensagem por trás de um texto é desconhecida, sendo talvez até mesmo inacessível (Zé Ramalho?). Os bons textos, todavia, são os que permitem uma infinidade de suposições. Nesse caso, o sentido original – ou qualquer sentido atribuído - assume pouca importância.
Em todo caso, há alguns anos concluí que furta-se ao sentido parte da beleza: aquela que é própria à forma. Mas ainda assim, tive vontade de compartilhar com vocês esse ponto de vista de que a possibilidade de infinitas interpretações ás vezes é mais importante que o sentido real.
Miss all you guys!
P.S.: Comprei uma máquina de fazer pão. É quase a realização de um sonho de infância.
P.P.S.: Acabei pensando bastante sobre a minha vida, aqui em Houston; sobre como talvez eu precise mudar alguns objetivos da vida para que outros se concretizem. Talvez um dia eu escreva sobre isso aqui.
quinta-feira, 22 de março de 2012
E o Top, cadê o Top???
segunda-feira, 19 de março de 2012
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
Cold
Burn down the Sun
How can you be so cold?
You left me here
All hope is gone
Where is the life I sold
I pray the dawn
Will break this spell
What will become of me?
It took my breath
So hard I fell
Lost in a shell, ghostly
And the rain falls down
On this lonely child
And I could not feel
The fire
And I realize
This was meant to be
And I need some time
To grieve
And you fade so slowly
Now all that shines is Gold
And I feel I'm dyin'
How can you be so cold?
When the sky in fallin'
Now that you're growin' old
And I feel that I'm dyin'
How can you feel so cold?
So slowly wake me
From my sleep
Here in this house I dwell
And I don't delay
The wound so deep
Down in this livin' hell