segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Sobre como o Herdeiro tomou o Trono dos Mil Veios

Um trono vazio, um Ministro ambicioso, um jovem honrado e um punhado de homens de confiança. Isso é tudo o que é preciso para termos uma boa história!

Foi na época em que Imboir, o Enfermo, ainda era vivo. Se bem que vivo é uma expressão estranha para se referir a um homem que por anos a fio mal saía do Leito Real. Mas é mesmo fato, meus senhores, que ainda assim ele foi um dos homens mais nobres que esse mundo já viu.

Me parece que era outono em Fianllal, a belíssima capital do reino de Vanoria, cujas muralhas encerram o Palácio dos Mil Veios. As folhas carameladas rodopiavam no vento e caíam mansas sobre as águas onde se abraçavam todos os rios do continente. O Enfermo estava em seu último mês e já há dois anos não assinava um decreto. Quem mandava e desmandava naquelas terras era o então Conde Hieron de Montanard, nomeado Ministro Real e Orador Inquestionável pelo próprio Rei anos antes. Não sei se vocês sabem, já que talvez não tenham o prazer de viver pelas estradas como eu, mas essa gente de Vanoria tem o estranho hábito de suceder os Reis apenas após a morte. Sempre foi assim. E estive lá há dois ou três meses e ainda é assim. É por isso que o Conde podia governar no lugar do Enfermo, enquanto que o Príncipe Imboir II apenas acompanhava de longe o que se desenrolava no Palácio. Faltavam ousadia e tato militar no Ministro e eram aqueles tempos difíceis de conflitos com Saerarg pela planície de Manatoran. E quando os exércitos são de igual competência, irmãozinhos, o lado de pulso mais forte sempre vence. O Príncipe, é claro, não gostava nem um pouco dessa situação.

Então era isso o que tínhamos em Fianllal naquele tempo: um Rei inválido, um Regente frouxo e um Príncipe descontente.

Mas apesar de ser excessivamente cauteloso – ou covarde – o nobre de Montanard era mais venenoso que mil víboras. Ouve quem dissesse que ele ensaiava a morte do Príncipe e de seu irmão mais moço, para tentar tomar de vez o poder do reino. Mas era uma pena que seu veneno não pingasse sobre os vizinhos do leste, cada vez tomando mais terras que há séculos pertenciam à Terra da Eterna Cascata. E o jovem Imboir II, ainda com menos de vinte primaveras, se revoltava com os seguidos insucessos nas batalhas na fronteira.

O exército era liderado pelos grandiosos Cavaleiros do Templo da Fonte, que por sua vez haviam jurado fidelidade infinda ao Rei. O próprio Imboir II havia sido feito Cavaleiro, mais pelo próprio talento que pelo nome, e resolveu engrossar as fileiras de defesa. E por mais que o Príncipe dizia que estavam defendendo a parte errada da fronteira, que os inimigos investiriam mais ao norte, o exército permanecia, por ordens do Regente. Tudo isso fez com que o herdeiro do trono voltasse a Fianllal com um intuito grandioso: tornar-se Rei.

Como vocês, homens de vasto saber, já devem desconfiar, havia duas maneiras de fazer isso. Uma delas era matar o Ministro e tomar o poder, mesmo contra todos os protocolos ancestrais da Dinastia, tão velhos que devem se arrastar até a fundação dos reinos, ou quem sabe à própria criação do mundo, já que juram haver algo de divino neles. A outra era tomar a coroa do defunto do pai, algo que desafiaria até mesmo a sanidade de um homem honrado como o Príncipe. E, ao que corre pelos quatro ventos, ele escolheu a segunda opção.

Talvez o herdeiro se convencera de que matar um homem que tanto sofria seria uma dádiva, um enorme bem a uma boa alma. Além disso, não ousaria manchar todo o nome da família, rompendo com as velhas tradições. Decidiu que seu pai morreria como um homem bravo, com uma estocada no peito de uma espada de família. Pensando bem, ao matar o Regente ele ainda seria Príncipe até a morte do pai e, por algumas maquinações políticas, poderia ser julgado. Por outro lado, assassinando o pai ele automaticamente seria sagrado Rei – e estaria, portanto, acima da lei dos homens! Dificilmente outra pessoa no mundo faria essa escolha e - tanto pior! - encontraria argumento que a suportasse. Mas são justamente os grandes homens que fazem as coisas que nós não podemos entender. E é justamente isso que os torna lembrados para todo o sempre!

Imboir II soltou o broche de ouro na forma de gota e tirou a vistosa capa azul. Se fosse assassinar o Rei deveria deixar de ser Cavaleiro. Cavalgou de volta à capital, trazendo consigo seis homens de confiança. Não Cavaleiros, obedientes ao Rei por sina e fé, mas soldados. Homens sem tantos títulos, mas com a mesma honra, lealdade e bravura. Por mais que a viagem tenha sido feito sob os auspícios da noite, o porte de nobre e o trote altivo do cavalo do Príncipe devem ter acusado sua jornada e os arautos do Conde chegaram a Fianllal antes do jovem. De fato, a figura do Príncipe inspirava confiança. O corpo forte e de ombros largos parecia não se incomodar com o peso da armadura metálica, que deixava apenas a cabeça à mostra. O rosto era bem desenhado, com traços retos e certeiros. O cabelo era longo, descia até os ombros, castanhos e livres, como o crepúsculo. Mantinha a barba bem aparada, para que, em sua feição, apenas os olhos negros e incisivos chamassem a atenção.

O Conde era esperto. Ao saber que o herdeiro rumava à capital, por mais arriscado que uma viagem fosse a um homem doente, mandou o Rei, sob forte escolta, ao Solar de Veraneio, perto de Longfor. Além disso, havia certamente sido o responsável por alguns ataques de supostos bandoleiros sobre os nobres viajantes, que os custara a vida de um companheiro e algumas cicatrizes fundas.

E então o príncipe se viu frente a frente com seu inimigo, o Conde Hieron, no Palácio que deveria lhe pertencer.

“Não encontrou o que veio buscar?”, deve ter dito a víbora, com os olhos azuis brilhando e um sorriso escancarado. A careca do velho era como um vale entre os morros de cabelos brancos e o corpo era magro e esguio.

Pelo que dizem de Imboir II ele deve ter dado as costas e saído do palácio. Era – e é, com toda a certeza! – extremamente prático e não se dava ao luxo de ter conversas retóricas em meio ao combate. E partiu, rumo a Longfor, com os companheiros exaustos, mas não sem antes tomar cavalos descansados nos estábulos reais.

A viagem foi rápida, pois os cavalos eram velozes e os cavaleiros animavam-se ante a expectativa da batalha. Chegaram ao velho Solar na tarde seguinte, abarrotado de guardas dispostos a matar o herdeiro para proteger o Rei. Ordens do regente. Não havia muito o que fazer. Eles eram apenas seis, contra talvez uma centena de homens descansados e bem equipados. Imboir II não insistiu para entrar. Girou sobre os calcanhares e foi embora. E voltaria, quase duas semanas depois, com um pequeno exército.

E, naquele outono, os campos castanhos do Solar foram encharcados e ficaram ainda mais vermelhos. Quase duas centenas de homens se enfrentaram e a maior parte deles não saiu vivo das muralhas. No meio da batalha, Imboir II deve ter conseguido abrir caminho até a porta da mansão e adentrado na casa. Certamente derrubou mais alguns guardas até adentrar nos aposentos do pai. E lá estava ele. O rosto calmo, os olhos cerrados, completamente alheio à luta que filho travara. O velho sacerdote que cuidava de sua saúde o olhava desamparado. O Rei já estava morto.

Ninguém sabe como Imboir II conseguiu uma tropa em tão pouco tempo. Suspeito que ele tenha seduzido jovens escudeiros do Templo a ajudá-lo, sob o pretenso manto de estar servindo ao Rei – e de fato estavam, já que o antigo governante se encontrava agora morto. Aposto que havia um sem número de mercenários por lá também. Seja como for, o plano funcionara melhor que o planejado e o Príncipe não precisou banhar a espada com seu próprio sangue – ao menos é o que dizem, é claro!

Imboir II, agora Rei, deve ter sentado ao lado do pai, dado-lhe um beijo e chorado pela perda. Chorado pela vida que havia se disposto a tirar. E talvez chorado pelo medo de estar sozinho, um reino nas mãos e uma guerra a vencer.

Ninguém nunca mais viu o Conde. Alguns dizem que o novo Rei o executou. Outros dizem que ele fugiu, para tentar preparar um golpe que lhe traria novamente o poder. Em todo caso, lá se vão algumas décadas desde esses acontecimentos e Imboir II permanece firme no posto de soberano de tão abençoado povo.

Mas o destino não faz distinção dentre os homens, e tanto nobres quanto peões acabam sempre encontrando surpresas no caminho, não é garoto? E o destino arrumou um jeito curioso de lembrar Imboir II do que ele havia intentado fazer. Diz-se que com o passar dos anos ele ficou com a exata aparência do pai, antes dos tempos de doença. Parece que não há um espelho sequer dentro do Palácio e todos os apetrechos de prata foram trocados por vidro e cristal para que o novo Rei não visse o pai em seu próprio rosto. Que punição seria pior, em um lugar de águas tão cristalinas? Por isso, aqueles que conheceram os dois Reis lhe cunharam um novo nome: entraria para a história como Imboir, o Filho. E, pelos Deuses, seria com esse nome o maior Rei de Vanoria!

Ouvi dizer que o Rei Imboir, o Filho, já consultou um sem número de sábios sparziatas em busca do segredo da vida eterna, pois não quer deixar a coroa na mão de um fraco. Parece que ele não pode ter filhos e seu irmão e parentes próximos são afogados em vícios, indignos de homens de cargo tão honrado. Mas isso não sei se é história ou se é mesmo verdade. Ouvi de um cego que me acompanhou de Fianlall a Norfolk. E sabem o que dizem dos cegos por lá? Que já que eles nunca viram coisa errada, então devem estar sempre certos! Se isso também é besteira não sei, mas as quatro dúzias de palavras que ele soltou nos três dias de viagem faziam sentido pra mim!

Mal pronunciara as últimas palavras e a multidão urrou de êxtase. Meneltar, o menestrel de Bonaluna, sorria cortês e fazia mesuras desmedidas de agradecimento. Nada lhe aquecia mais a alma que o reconhecimento por seus dons. Passeou os olhos pela platéia: mercadores viajantes, soldados, homens maltrapilhos e até mesmo um burguês gritavam honrarias ao trovador. Algumas crianças que antes brincavam em volta da taverna também haviam entrado para ouvir o bardo. Agora Meneltar apenas se regozijava com a explosão de vozes que dera lugar ao silêncio absoluto. E como era bom saber que era possível manter fechadas as bocas de tanta gente durante seu monólogo!

Quando a algazarra começava a diminuir, um homem enorme se ergueu, de frente ao balcão, e gritou:

- Meu ouro! Roubaram meu ouro! – e uma confusão se formou.

O fato é que após o grito do homenzarrão, muitos levaram as mãos instintivamente às algibeiras, apenas para sentirem-lhes mais leves. Uma nova gritaria e Meneltar, de alma leve e dever cumprido, já recolocara o chapéu sobre a longa cabeleira e saía pela porta.

Caminhou algumas centenas de metros e encontrou o velho amigo Gnoa escorado na parede de um casebre, divertindo-se com uma moeda, do jeito aluado e atento que só ele sabia encenar. Meneltar sorriu e Gnoa lhe deu um forte abraço.

- Bela história Menel! Bela história!

E rumaram a uma estalagem, tentando conter o tilintar do metal a cada passo que davam.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Projeto 800 mil anos – O Livro do Fim do Mundo

Ouvi falar esses dias desse projeto, "O Livro do Fim do Mundo".

A ideia é escrever uma história sobre uma pessoa que fica sabendo que em uma hora o mundo acabará e o que ela faz nesse tempo. O conto pode ter até 20.000 caracteres (mas usei nem 5...). Os criadores do projeto irão escolher as melhores e elas poderão até mesmo ser publicadas em um livro.

E o nome do projeto "800 mil anos" tem uma coisa bem legal por trás:
"O Livro do Fim do Mundo é o último capítulo da sua vida e de outros 7 bilhões de pessoas que vivem no Planeta Terra. E se cada uma delas contasse a história de sua última hora precisaríamos de aproximadamente 800 mil anos para ouvi-las."

Enfim, achei a ideia legal e um excelente exercício de escrita. Espero poder ver contos de vocês por lá!

O conto que eu escrevi está sob avaliação e não sei em quanto tempo vai estar disponível. Então lá vai:
-------------------------------------------------------------------------------------------------

O Velho, o Começo e o Fim

Dessa vez era diferente. Não sabia como nem por que, mas estava certo de que era diferente. O fim do mundo se aproximava. Mais uma vez. E talvez pela segunda ou terceira naquela semana. Só que agora o final não ousaria se atrasar novamente.

Esses pressentimentos, quase certezas, iam e vinham já há décadas. Mas o mundo sempre passava a perna nele e respirava por mais algum tempo. Mas agora não tinha mais saída, ele sabia. E tinha tão pouco tempo! Menos de uma hora! Sempre pressentia o momento do fim, mas nunca conseguia prever o modo como tudo acabaria. Uma bomba, talvez; quem sabe um asteróide imprevisto; tampouco ousava descartar aquele dragão que arrastaria o céu com a cauda.

Tudo começou quando ele ainda era moço, naquela idade em que qualquer detalhe frouxo pode ser alvo de uma curiosidade infinita. E foi bem ali, mexendo nas antiguidades que a avó insistia em guardar que teve o primeiro vislumbre. Uma fraqueza indizível se abateu sobre seu corpo e ele desabou. Estava mudo de desespero e não conteve as lágrimas rápidas. E ali ficou prostrado por coisa de um quarto de hora.

E o mundo, sabemos, não acabou. Mas isso pareceu não importar.

A consciência do fim fatalmente leva à dúvida quanto ao princípio e o jovem passou a se perguntar sobre as coisas do Universo. Muito pensou e estudou. Por fim, decidiu que a existência é cíclica e que a todo fim imediatamente se sucede um reinício. Mas se afinal tudo é um ciclo, pensava, não há princípio, meio e final exatos, uma vez que qualquer ponto pode ser os três ou nenhum com a mesma probabilidade. Mas percebeu uma implicação fantástica: se por acaso observasse com cuidado o fim, sua última visão deveria ser exatamente o começo. E os pressentimentos voltaram mais vezes, mas agora a agonia incontida dera lugar à excitação e à ansiedade.

Mas os homens adoram ir contra a lógica. Imagine que o mundo acabe. Saber que o mundo beira o fim não mudará nada – um instante depois tudo é pó, é nada e talvez uma semente de um tudo futuro. Assim, qualquer aviso a qualquer pessoa é nada mais que inútil. Mas de alguma maneira aqueles pressentimentos vinham com uma certa dose de culpa. E ele resolveu contar que o mundo acabaria e quando isso iria acontecer.

Comoção, desespero, indiferença e esperança foi o que ele causou nas pessoas que passavam pela avenida enquanto ele anunciava o fim. E depois de novo. E de novo. E mais. Foi quando a família resolveu interná-lo.

Agora tudo se repetia, mas – e não sabia como – sentia uma coisa diferente. Agora ele estava certo. Como tantas vezes fizera, subiu em uma cadeira, no centro do pátio e inflou o peito, com ar solene. E mais uma vez se pronunciou sobre o fim dos tempos. E mais uma vez foi ignorado.

A verdade é que pouco dos internados davam atenção ao velho. Cada um estava preocupado demais com as questões de seus próprios e indescritíveis universos. Os enfermeiros acompanhavam todo aquele teatro atentamente. Alguns até se divertiam pensando em quantos apocalipses aqueles cabelos brancos já haviam previsto.

Mas o velho já não se incomodava já há muito com a descrença dos outros. Sentia-se com o dever cumprido. E então sentou e aguardou pelo fim.

Como tantas vezes fizera.

sábado, 26 de novembro de 2011

Ele é amigo do Ian McKellen!!!

Na última quinta-feira, dia 24/11, houve na UFMG uma palestra ministrado por Sir Harry Kroto, laureado com o Nobel de Química de 1996 em reconhecimento pelo descoberto dos fulerenos. A palestra foi muito foda.

Mas foda mesma é que ele contou que foi da sala do Ian McKellen no colégio! Olha os dois aí num teatrinho:


O nosso querido mago é o rapazote com o elmo na mão, enquanto que Kroto está à sua direita. Pelo que ele disse eles ainda se encontram às vezes...

Mas o importante é que depois do seminário eu, Geraldo e Fox fomos tomar umas no Cabral!

Post aleatório, mas I shall not let this pass!!

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Cocaine Last Nite gave me an Aneurysm

Ae, bando de fimose de judeu!

Eu disse que ia colocar mais músicas aqui da banda quando tivessem mais vídeos. E tem. Pra quem quiser ver, tá aí abaixo. Regravamos Cocaine, agora com o baixo mais alto (hey! \o/), mas ainda assim a melhor opção de ouvir continuam sendo com os fones.

Não reparem em mim perdendo o tempo a cada cinco segundos em Cocaine, eu tava viajando nesse dia. Achei até o ensaio uma bosta, mas em compensação o vídeo de Last Nite ficou engraçado.




terça-feira, 22 de novembro de 2011

Pimp my Blog


Bom, vocês já devem ter percebido que o layout do nosso blog mudou, se não, tá na hora de acessar mais o nosso blog né guilherme alves? A escolha foi naquele dia que top,mt e eu ficamos olhando alguns temas novos para o eeeitapreula - não decidimos por nenhum então coloquei esse que foi o que mais nos tinha agradado até o momento.

Tive a idéia de colocar fotos nossas na parte de baixo do blog, dêem uma olhada lá. As fotos são apenas ilustrativas, coloquem no lugar a que vocês quiserem. Mas lembre-se de manter o tamanho pequeno, eu achei esse tamanho meio grande,talvez fotos 200x100 fiquem melhores, se gostaram desse tamanho deixa assim mesmo então.

Pra quem não sabe mais como postar no blog, agora você precisa acessar pelo site www.blogger.com (antes aqui tinha um botão para novas postagens direto).

Também estou fazendo as "caricaturas" nossas, como vocês já devem ter visto no topo do post, já foram 3. Lembrando que eu não sou nenhum mestre na arte do desenho mas fiz o melhor que eu pude, quem acha que ainda pode melhorar alguma coisa vai dando os toques.


obs: Tava comentando com o top aqui, vocês perceberam que na ultima sessão de rpg vocês rodaram praticamente a cidade toda? Ainda encontraram quase todos os npcs importantes de lá: Glim,Saulo Tirebel,Alfred,Lerry,Ivan Grangodel, além de novos "amigos" como Taylor Silverleaf, bruxa Hilda,velhos amigos (cara-da-loja-de-arcos),conheceram a movimentada rua dos comerciantes,entraram no castelo e ainda fizeram um possível novo inimigo, Josh. Ganharam dinheiro, Elodin roubou e torturou pela primeira vez,Artemis prometeu aprender a usar um arco com a ajuda de Elodin e no final de tudo foram passados para trás pelo Glim.Zanda teve que conversar pela primeira vez (rs), esqueceu a senha e quase foi preso por desacato. Invertigaram o paradeiro de um grimório e terminaram em combate com um ilusionista.Só faltou aparecer mesmo o Lumus, o velhinho do templo e a guardiã da floresta.
E ainda teve gente que reclamou do ritmo da aventura...

sábado, 19 de novembro de 2011

Cocaína

Ae, meu povo. Videozinho aqui da minha banda. Aqui a gente tá tocando Cocaine, que é conhecida por causa do Eric Clapton. Foi o nosso primeiro ensaio. A gente mostrou um entrosamento bom. Todo ensaio a gente grava alguma coisa e sempre que sair alguma coisa que presta eu vou divulgando aqui até encher o saco de vocês.

A gente ia fazer um show dia 26, que seria no próximo sábado, mas não vamos mais. A organização da Rua do Rock decidiu que iriam fazer uma versão só com bandas de metal, então a gente ficou de fora. Então agora não sei mais quando vai ser nosso primeiro show, mas eu aviso.

PS.: Nessa gravação, caso vocês queiram ouvir as merdas que eu fiz no baixo, usem um fone de ouvido. O volume do baixo ficou baixo (impossível escapar desse trocadilho ridículo).


PPS.: O nome da banda é Cortina Velha.

John Barleycorn

Todo homem tem seu preço.

O que muda é o valor e aquilo que se pode conseguir dele.

Alguns particularmente não cobram muito, ainda que se ofereçam para fazer o serviço sujo. Basta oferecer alguns litros de um destilado escocês barato que eles lhe venderão a alma. Mas nem espere um serviço bem feito, ou tampouco fidelidade. Eles não são pagos pra isso.

Conheci certa vez, nas terras altas, um homem singular. Seu serviço não era muito caro, ainda que as despesas fossem altas. Por trás da barba emaranhada e das unhas sujas havia um velho apreciador de um bom whisky. Não vá pensando que se trata de um sujeito de certo modo refinado. A grosseria e o bafo de álcool põem por terra qualquer falsa impressão. Mas sabe como é. Garganta velha não se engana fácil. Seu nome? John Barleycorn.

Tudo que sei dele consegui costurando crônicas esparsas ou confiando nos relatos de bêbados. Ele era do tipo que não falava muito do passado. Mas uma leve análise da sua fisionomia já sugeria mil estórias. Seu corpo parecia ser marcado por grandes cicatrizes e sua alma parecia ser tão manchada que já não existia salvação. Cada vez que seus passos mancos eram ouvidos se aproximando de algum pub um burburinho arrebatava o lugar, com seus feitos e desfeitos sendo cochichados por todos. Ouvi dizer que ele era um monstro, que havia silenciado as súplicas misericordiosas de uma mãe solteira metendo uma bala na garganta da infeliz. Ouvi dizer que era um herói, que certa vez cambaleou bêbado rumo às entranhas de um barraco em chamas para salvar uma criança. E não recebeu nem meio penny por isso.

Contam que ele queria ser padre, mas que acumulou tantos pecados antes da consagração que acabou arrumando um jeito menos decente de cuidar de almas. Já ouvi de uns mal-nascidos que o diabo já carregou um crucifixo enrolado na mão que puxava o gatilho. Não sei o que é mais estranho: um executor ter fé em alguma coisa ou no que ele tem fé. Não se vêem muitas cruzes aqui na Ilha.

Seja como for, o diabo do homem tem presença. Quando ele aparece todo mundo se cala. Já topei com ele uma vez quando seu rifle ainda estava quente. Juro que vi até uma fumaça saindo do cano. Naquela noite rezei pela alma que ele havia despachado. Descobri depois que o morto era um velho camarada, sempre metido em encrencas com quem não devia. Naturalmente deixei barato.

Algo me diz que a conta sai cara pra quem tenta cobrar algo do velho John.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Exórdio

As pessoas sempre disseram que o frio que faz nas florestas ou em qualquer mata razoavelmente livre dos feitos humanos se dá por causa dos espíritos que saem das árvores para caminhar entre elas durante a noite. Elas também dizem que os espíritos ficam agitados quando os deuses estão nervosos ou chateados com os homens. Mas os homens sabem bem, ou pelo menos parte deles, quando os deuses estão tentando falar com eles.

Dizem que os deuses falam através de sinais. Pode ser uma folha que cai fora da estação, pode ser o pio de uma coruja. Pode ser o voo de um cisne ou de uma águia. Pode ser um rasgo nas nuvens ou o vento farfalhando na grama baixa ou a fumaça pairando sobre o chão.

Mas, naquele dia, os deuses enviaram uma tempestade. Foi uma grande tempestade, que derrubou casas e fez o rio principal da cidade transbordar e arrastar muitos carros. Também foi a tempestade que fez chover gelo, e ela seria lembrada por muitos moradores da cidade por muitos anos seguintes. Contudo, para alguns, aquele dia não seria lembrado pela tempestade, mas sim por causa do estanho que chegou ao final da tarde, pouco antes do céu desabar.

Naquele dia, os deuses não estavam falando.

Estavam gritando.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Encontro 2.5



Olha o que eu achei aqui no meu PC ontem! Pura sorte, já tinha esquecido esses videos aqui, fiz uma edição inspirada nas anteriores do top e saiu isso! Juro que nunca mais reclamo da demora dele, que trabalheira pra editar 10 minutos!
Parece que a gente nunca vai conseguir juntar todo mundo num mesmo vídeo. Acho também que esse foi o dia que a gente mais falou "nãaaao queeero" hauhaua!Sugiro abrir no youtube pra ver em tamanho maior!

Raggle Taggle Gipsy Yoh!

Ouvi essa música num CD do Carlos Nunez e achei legal!
Aparentemente conta a história de uma dama que fugiu com ciganos...

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

OLHA O QUE EU ACHEI!

OLHA O QUE EU ACHEI!
FOX DORMINDO NA DEFESA DA MONO(NUCLEOSE)GRAFIA DO MT.

Encontro 4

Finally!

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Olimpíadas de Férias


O Top e eu estávamos pensando por esses dias sobre a falta de tradições em nossa turma. Assistindo aos jogos do Pan com frequência, a inspiração nos caiu como um piano de cauda derrubado do sétimo andar; Olimpíadas da Turma! Poderíamos aproveitar as férias de final de ano para realizar nossa própria competição e, quem sabe, repetir a dose todo ano!

A gente podia arrumar umas medalhas (fica na faixa de $2,50 - $5,00 cada) pra premiar o(s) primeiro(s) colocado(s) de cada prova, nem fica tão caro. Além disso tivemos a idéia de arrumar um troféu que vai para aquele que tiver recebido mais medalhas ao final da competição. A pessoa ficaria com ele até a próxima olimpíada quando passaria para o novo campeão! Aliás as próprias medalhas poderiam ser reutilizadas.

As idéias de "esportes" que tivemos até o momento foram:
peteca
- individual
- dupla
basquete
- 21
- dupla
futebol
- gol a gol dupla
- time (que na verdade seria uma dupla huahau)
natação
corrida
sinuca
ping-pong
-------------------------

E aí o que acham? E que tal novas idéias? Passou pela nossa cabeça muita coisa, como por exemplo xadrez,campo minado,baralho,jokenpo,dominó,gamão...huahauau enfim, acho que seria divertido!

ps: como nós somos 5, precisamos de mais uma pessoa pra completar 3 duplas...

Igreja com o Corvo

Aí está MT! Você tanto pediu que eu consegui bater uma foto com o corvo em cima da igreja! Que sorte não?

Aproveito esse post inútil para mandar algumas fotos tiradas hoje para o Top e também para compartilhar com todos vocês duas fotos minhas (as duas primeiras).


segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Clepsidra

Ele abriu os olhos, mas depois se arrependeu. Em meio à penumbra ele conseguia ver as roupas jogadas pelo chão do quarto. Fazia frio e ele se enrolava cada vez mais no edredom. Deviam faltar algumas horas ainda para amanhecer. Confirmou pelo rádio-relógio no criado-mudo. Era melhor quando a cama era de solteiro, pensou. Melhor ainda se houvesse alguém roubando sua coberta, já que dois corpos se aquecem melhor do que qualquer cobertor.

Odiou ter acordado tão cedo. Tão desnecessário. Ainda mais ele, que viva com medo de dormir demais e perder a hora. O dia de hoje – pois já era hoje – ia ser bem cheio. Tudo o que não precisava era de olheiras, bocejos e um bafo de café.

Sempre, ao acordar, a cabeça parece pensar de uma só vez tudo o que não pensou durante a noite. Ou até, quem sabe, relembra tudo o que sonhou madrugada afora. Mas foi só a cabeça esfriar que ele começou a ouvir: splash... splash... splash...

Alguém não havia fechado a torneira direito. Como os pais estavam fora da cidade e os gatos não se aventuravam na pia, concluiu que havia sido ele mesmo o culpado. Amaldiçoou aquele último copo d’água. Mais ainda, amaldiçoou tê-lo lavado, tão logo bebeu. Tivesse ele sido mais relapso e estaria despreocupado agora.

Tentou ignorar o ruído. Splash... splash... splash... Virava e revirava na cama, mas não conseguia esquecer. Não sabia o que irritava mais: o som ou a sintonia perfeita entre um gotejo e o seguinte. Ah, aquele ritmo perfeito, sem sequer meia pausa pra estragar o compasso, devia ser o pior! Algum dia antes de inventarem o relógio alguém deve ter tido a idéia de usar gotas d’água para marcar o tempo, pensou. Tic tac, splash splash. Está aí. Mesmo que ambos fossem igualmente eficientes, o relógio soava menos desagradável. Explicado o sucesso.

Splash... splash... splash...

Estava naquele estado em que a vontade de dormir é tanta que não se consegue parar de pensar. E não conseguia esquecer aquele barulho irritante. E prestou tanta atenção nele que o sono veio vindo. Splash... splash...

Mas não!

Quando os olhos quase fechavam, uma gota se atrasou, seja lá por que motivo, e caiu depois. E veio depois mais outra atrasada. Mas depois voltou ao normal. Aquela mesma ordem de sempre. A pessoa que resolveu usar gotas como método de tortura teve essa idéia à noite, concluiu. E quando as gotas pareciam se encaminhar pr’aquele marasmo vinha uma mais lerdinha e estragava tudo. E depois tudo outra vez. Splash... splash... splash...

Juntou todas as suas forças. Ignorou a fome que ameaçava a surgir. Ignorou o frio cortante. Quiçá o medo de monstros no corredor, que tanto já o preocupara. Fechou a torneira.

E dormiu tranqüilo pelo resto da noite.

Religião x Ciência

Criacioevolucionismo






E não se fala mais nisso!

domingo, 23 de outubro de 2011

Playing For Change Foundation

Aproveitando o embalo do último post... eis aqui uma coisa que fiquei sabendo ontem ainda que existia.


Playing For Change é um grupo de música criado por um produtor musical americano chamado Mark Johnson que visa unir músicos de todas as nações para um mesmo fim: amor à música. Contudo, nos últimos tempos, com o sucesso do grupo, os próprios músicos criaram uma Fundação não-governamental destinada a arrecadar fundos para comunidades carentes e escolas de música ao redor do mundo. Desde 2004, quando a Fundação foi criada, vários músicos de todo o mundo tem se reunido pra gravar versões incríveis de músicas já consagradas que falam sobre a ajuda ao próximo e esperança de um mundo melhor. Além do mais, eles fundaram também sete escolas de músicas em países mais necessitados, como a África do Sul, Gana, Nepal e Ruanda. Nessa versão de Stand By Me, música de Jerry Lieber, Mike Stoller, Ben E. King, há um brasileiro. É o cara tocando cavaquinho, Cesar Pope.

Passem pra frente. Por que vale a pena.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Você Não Precisa Mudar o Mundo

"O contrário de fanatismo é humor"

E não estou falando aqui apenas de rir dos próprios erros, mas fazer piada com as próprias crenças,medos e certezas é a principal característica de uma mente sadia.

A idéia me veio ao asssitir mais uma dessas discussões de internet. Como o mix e eu sempre comentamos, nesses debates - sobre séries,religião,vídeos no youtube que seja - sempre aparece dois tipos de pessoas, os que entendem errado, e os que começam uma bagunça porque sabem que os primeiros entenderam errados e arrotam suas idéias que também não tem nada a ver.
Como o sábio matheus disse uma vez, se Deus existir, ele provavelmente está no céu, fazendo o maior "facepalm" de toda a história e dizendo "Vocês entenderam tudo errado...".
Nós, é claro, nunca entramos nessas discussões. Por que? Porque simplesmente não tem motivo nenhum, é uma batalha perdida tentar fazer os outros mudarem de opinião. Importante é tambem ter a consciência de que sua opinião também possa estar errada.

"A imbecilidade sempre leva vantagem sobre a sabedoria. Essa superioridade evidencia-se sobretudo quando o ignorante ignora por completo o conhecimento do sábio. Não há como ministrar conhecimento a um tolo que se orgulha de sua própria tolice."
- Musashi (Livro)

A educação é um processo que dura uma vida inteira, é muita prepotência acreditar que, talvez com um tom arrogante, você possa mudar as várias opiniões que uma pessoa construiu em toda sua vida, ela simplesmente não deixará isso acontecer! A única pessoa que muda de opinião e adquire conhecimento é aquela que busca esse conhecimento.
Talvez por isso a técnica dos psicólogos; eles nunca dizem o que deve ser feito, eles apenas perguntam..e perguntam..e apontam...

Essa discussão já caiu na turma algumas vezes: lembro da época em que os ateus eram aquelas pessoas que não seguiam nenhuma religião. Hoje em dia, ao contrário, ateísmo se tornou sua própria religião! Não satisfeitos em não acreditarem, eles agora devem convencer TODO O RESTO DO MUNDO que estão errados.
O mesmo acontece com os cientistas. A briga Religião x Ciência é uma briga constante na humanidade, mas os dois lados compartilham muitas idéias e parecem nem perceber isso.
É comum num debate desses o religioso apontar que a religião começa no ponto em que a ciência não consegue explicar mais e a resposta do cientista geralmente é "As coisas não explicadas pela ciência serão explicadas um dia". Ora, se isso não for fé, não sei o que é.

Parece ser obra das mídias essa mensagem de "mude o mundo". O problema é que ele pode mudar pra pior! As vezes tenho a impressão que as grandes mentes do mundo estão desacreditadas e deprimidas enquanto os "comuns" tentam desesperadamente fazer alguma coisa pra mudar o mundo, armados de suas idéias erradas e influenciáveis. A linha entre um herói e um tolo é tênue, e muito! Daí aparecem coisas ridículas como a eleição do tiririca, e o povo achando bonito falando que é voto de protesto. Isso me lembra uma placa de protesto que vi esses dias na internet, não me lembro do contexto, mas isso seria como "tirar a virgindade de algumas moças como protesto a favor da castidade" (a placa também não era bem assim mas a mensagem é a mesma haha).

Acho que o tema rende muitos exemplos e comentários e por isso encerro por aqui e deixo que vocês me ajudem nessa. Perdão pelas idéias meio desorganizadas, fui escrevendo a medida que pensava e as idéias são frescas. O plano inicial era fazer um filme ou um vídeo com esse tema, ou talvez um documentário, ou ainda um filme em formato de documentário. Fico dependendo de vocês para trabalhar melhor essas idéias.

Você não PRECISA mudar o mundo, mas se você realmente QUER fazer isso, entre nessa luta direito! Não adianta entrar numa creche e reclamar que todo mundo lá é infantil. Não adianta fazer campanha no Facebook contra algum político, agora entrar em um partido e tentar mudar as coisas por dentro é ooooutra história. Alguém que realmente faça algo vale mais que um exército de pessoas indignadas(comentando no facebook hahah!).Essa é a minha opinião, que também pode estar errada.

Aham.. sei.. minha vó também...


Nossos bordões na FUNEDI/UEMG. Esse cara é da minha sala.

Have a Cigar


quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Comentários sobre a Final Season de Breaking Bad

Ano que vem deve sair a última temporada desta excelente série, à qual fui obrigado a assistir pelo Fox e pelo Mix. Gostaria de compartilhar alguns palpites com todos vocês.

1) Walter é o tipo de pessoa que parece ter um conhecimento prático de química quase que absoluto. Seria então bastante estranho que ele tivesse uma planta em seu jardim que pudesse fornecer um veneno potente e ele não ter conhecimento. Naturalmente, o envenenamento do Brock pode ter sido obra de algum capanga do Gus, para tentar colocar o Jesse contra o Walt. Entretanto, a falta de surpresa do Walt quando Jesse disse a fonte do veneno me deixou intrigado. Me arrisco a dizer que o envenenamento do garoto pode ter sido obra do Walt, para tentar justificar uma colaboração no estratagema para matar Gus, visto que Jesse tinha informações vitais.

2) O que foi feito da Ricina no cigarro? Já que o Brock não pegou, onde ela foi parar? É bem possível que alguém ligado ao Gus tenho tomado, mas nunca se sabe. Surpresas podem vir daí.

3) O fato de Gus ter morrido junto com Hector Salamanca meio que comprova a tese do Hank. O incêndio na lavanderia deve contribuir ainda mais com isso. Ainda que o DER insista em duvidar, Hank vai adentrar ainda mais na investigação. O laboratório de meta não vai ser completamente destruído; ainda ficarão vestígios dos reatores. Se restarem gravações das câmeras de segurança, Walt e Jesse estarão encrencados. Me arrisco a dizer que a última temporada será em torno da busca de Hank por Walt.

E a cena final do Gus foi genial!

Noitada na Boate: Expectativa X Realidade

Acessem o link
Expectativa X Realidade

Tem um vídeo com um recurso muito legal. É tipo como se houvessem dois vídeos sobrepostos, mas você só enxerga o outro quando passa o mouse em cima.

Além disso, a historinha é muito foda!

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Glenn Hughes | You Keep On Moving

Dia desses tava falando com o MT sobre rock. E ele me disse que não curte muito o rock (não lembro dos termos certos dele na ocasião - MT, me corrija se eu estiver errado) porque acha muito pobre o modo como o rock é feito, aquela coisa toda que se resume entre vocal/solo de guitarra/vocal/acabou a música. Foi depois dessa que eu resolvi voltar a ouvir Pink Floyd.

Mas eu nem sei porque disse isso, só queria recomendar essa música aqui. Tem um baixo legal, bem trabalhado. Um teclado legal também, muito embora outros caras já tenham feito versões mais fodas ainda nela. Tem o Walter Giardino na guitarra, que é um dos melhores guitarristas com um feeling legal e ainda é da Argentina! Não curto muito coisas da Argentina, mas esse cara é bom. E ainda, de quebra, tem o Glenn Hughes cantando, que pra mim é o melhor vocalista que existe dentro do rock n' roll.



E se vocês não gostarem, só peço que deem uma olhada rápida nos 5:50 do vídeo. É foda!

domingo, 16 de outubro de 2011

Filme ´´enemy mine ``... RECOMENDO !

Fotos extras

São poucas, mas como não tenho outro lugar pra colocar... E quem ainda não viu o resto no blog do top dá uma olhada lá!
Top: se quiser editar esse post e adicionar algumas que você tirou desse mesmo dia, feel free to love my friend.



Mix fazendo caipirinhas, fox bêbado tentando fazer foto no estilo "ensaio sobre a cegueira".


Todo homem tem um lado obscuro


Homenagem ao top; sem edição. (parte da coleção: Vamos Editar?)

Meu fiiiiiiiii.... hauhauua


ATUALIZAÇÃO: FOTOS DO TOP

Por do Sol de mentirinha 
Mix de modelo (roubando o posto de  garoto propaganda do MT)

MT: quem vê até pensa...

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

O Mundo das Trevas

Salve, salve a Comunidade das Bichas sem Pênis!

Senhores, gentlemen...

Ontem, na casa do Fox, depois que o Matheus foi-se embora, eu ainda fiquei por um prazo de duas horas conversando com ele sobre o nosso futuro RPGístico. Não é nada alarmante, algo mais do que alguns planos e idéias que nós possamos usar no futuro, caso nós ainda continuemos com jogatina, via Skype ou não. Mas a conversa me deu idéias e eu pretendo usá-las. No bar do Chico eu pedi que o MT, o Mix e o Fox fizessem os personagens deles desde já, pra que eles já fossem trabalhando no conceito e na história dos personagens.

Mas o que aconteceu ontem, durante a minha conversa com o Fox, foi que eu decidi, também, fazer esse post pra ajudar vocês a identificarem melhor o mundo em que eu vou mestrar.

OBS.: Guilherme Alves, esse post serve pra você também! Caso queira jogar minha campanha. Se for, esse post é importante procê que não tava no dia em que eu falei sobre ele.

O CENÁRIO


A cidade onde vou começar o jogo é uma cidade chamada Abaddon. Fica a pouco mais de 200 km da capital Acheron. Ela não é muito conhecida além dos arredores da capital, mas quem conhece vai lá pra visitar os pontos turísticos históricos que existem no lugar. Ela também conserva tradições medievais além das casas com mais de 600 anos de idade e essas tradições são grandes chamariscos pra turistas curiosos e o Globo Repórter. Ela não é uma cidade muito grande, tem quase 300 mil habitantes e uma filial da maior holding do mundo, a Pentex, que monopolizou quase todo o mercado mundial em quase todos os setores. É tipo uma Umbrella Corp. A cidade fica no fundo de um vale plano circundado por morros cobertos por mata fechada, o que dificulta o acesso muitas vezes.

OBS.: Não estamos jogando no planeta Terra! Estamos jogando num mundo que eu criei que é contemporâneo e relativo ao nosso. Essa cidade se parece uma mistura de Inglaterra do século XVIII com Ouro Preto, tentem imaginar assim, se possível. É um mundo que, visto de longe, PARECE ser o nosso. Visto mais de perto, os pormenores diferem.

O ESSENCIAL: TEMA, TOM E ATMOSFERA


Basicamente é aquilo que eu já expliquei pra vocês antes, mas o que interessa nesse jogo, diferente do D&D que é um jogo de fantasia, é contar uma história com elementos do horror literário. Algo do tipo O Chamado de Cthulhu ou Andarilho da Escuridão.

O tema geral do Mundo das Trevas é o "mistério sombrio". É um mundo onde as sombras se escondem dentro de outras sombras. Como eu já disse antes, vou jogar vocês nessa cidade que eu criei (na verdade, ainda to criando), e to colocando alguma coisa em cada cantinho pra vocês se sentirem bastante livres no que quiserem fazer. Cada casa tem uma história. Cada praça tem uma história. Cada igreja tem uma história. Cada pessoa tem a sua história. E vocês PODEM EXPLORAR TODAS ELAS! Contudo, cada história tem seu próprio tema central, mas aquele que se sobressai por trás de todas elas explora as ramificações dramáticas de um mundo cheio de segredos sobrenaturais.

O mais interessante desse jogo é o tom de pavor que ele proporciona e nos permite explorar. As pessoas tema aquilo que não conhecem nem compreendem. De alguma maneira, a maioria das pessoas desconfia de que há algo errado, que alguém está mentindo. Em vez de confrontar a verdade ou procurar saber o que está acontecendo, elas optam por reprimi-la. Essas pessoas fingem que nada está fora de ordem e tocam suas vidas como sempre fizeram. Não despertaram para a realidade oculta nas sombras e se recusaram a abrir os olhos para ela. Mesmo as pessoas que confrontam as sombras o fazem ainda com bastante receio. Aqui, a exploração do desconhecido promete (e dá) recompensas, mas também consquencias imprevistas.



A atmosfera do jogo é o típico cenário onde tudo tem um significado agourento. Nada é necessariamente o que parece ser. Uma árvore morta pode servir de abrigo pra um espírito rancoroso sem que ninguém saiba. A casa no fim da rua não tá simplesmente abandonada, alguma coisa mora lá e as pessoas sabem disso, mas simplesmente ignoram o fato. Um carro pode ser um reservatório de energia mágica que mata quem entrar nele. Tudo é um código pra uma outra coisa que tem um significado muito mais profundo que, não fosse por isso, não passaria de mera coincidência. É raro, contudo, as coisas revelarem seus significados de maneira direta. Os mistérios estão em lugares e objetos ao redor de vocês, só que é muito mais fácil ignorar esses sinais do que confrontá-los. A grande maioria das pessoas fecham os olhos de modo deliberado pra elas, porque têm medo daquilo que podem descobrir. De certa forma, elas sabem onde aquela estrada escura vai terminar, e continuam repetindo para si mesmas: "É só coincidência. Acaso sem sentido".

Com base nisso tudo que eu escrevi, criem os personagens de vocês, mas com uma coisa em mente, vocês ainda não sabem que o mundo está intrinsecamente errado. Vocês vão começar do zero e vão passar por uma espécie de iniciação. São os primeiros encontros dos personagens de vocês no mundo e que agora vocês estão percebendo que toda a desordem do mundo tem um contexto.

Se alguém tiver dúvidas, let me know pelos comentários.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Discurso da Colação de Grau

Nem só Steve Jobs discursa em formaturas! Fui o orador na minha colação de grau e já que vocês não estavam por lá, resolvi postar o vídeo aqui (que teve direito a um improviso sobre o Serginho Mallandro!).


Não é nada perto do que o Mr. Jobs disse, mas ainda assim eu queria compartilhar isso com vocês!

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Simplesmente GENIAL!



Não existe outra palavra... GENIAL!!!!!!

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Steve Jobs

Deixando de lado os posts técnicos dos meninos, acho o momento oportuno para uma homenagem a esse sujeito inovador que foi o Steve Jobs.

Talvez algum de vocês tenha visto, mas em caso de resposta negativa, abaixo vai o famoso discurso que ele fez para os formandos da faculdade de Stanford. É o discurso completo, sem cortes.



"Stay hungry. Stay foolish".

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Deus, Jobs e fisiologia.


Olá ! enfim reuni coragem suficiente para postar no eita preula, apesar de ser um co-fundador confesso que sempre me senti alheio a esse veículo digital tão em uso. Já adianto um foda-se pra qualquer erro ou deslize que eu vá cometer, sabem como é o lance da primeira vez né...

Todas as imagens foram retiradas da internet.

Então, tenho tido contato com algumas questões interessantes ultimamente, principalmente nas que se relacionam com essa massa mole e fétida a que chamamos de corpo. Mesmo sendo tão conhecidos e estudados, nossos sistemas nos pregam algumas peças, e vou dividir com vocês algumas delas...

Mesmo após muitos anos de estudo feito por pessoas do mundo todo, com todos os recursos disponíveis existe na fisiologia algumas questões ainda abertas, e outras que simplesmente nos fazem dar de ombros e dizer ´´Tá bom então...``

Alguns exemplos :

No estudo da embriologia, sabe-se muito sobre todos os processos bioquímicos relacionados a cada diferenciação e determinação genética, mas um exemplo comum nos faz perceber que ainda está faltando algum fator de explicação...
Vocês devem se lembrar do estágio da mórula, esse aglomerado de células que se dividem sem aumentar de tamanho nééééhhh (darley) mas um detalhe interessante é que é nessa fase que surgem os gêmeos univitelinos, que são resultado da divisão da mórula antes da nidação. O intrigante é que não se sabe por que motivo, razão ou circunstância essa porra se divide em algumas pessoas, e por mais que seja mais frequente em famílias com histórico de gêmeos, existem relatos do surgimento espontâneo simplesmente ao acaso !!! Não há absolutamente nenhuma diferença bioquímica entre uma mórula normal e uma dividida. It just work !!!




Outro exemplo é nos nossos dentes, sabe-se muito sobre a constituição dos três tecidos que o compõem : esmalte, dentina e polpa, a dentina apresenta uma estrutura formada por milhões de túbulos microscópicos que vão deste sua base em contato com a polpa até seu limite com o esmalte, dentro de cada túbulo está um prolongamento de uma célula chamada odontoblasto, que é responsável pela secreção da matriz dentinária.
O foda é que NÃO existe absolutamente nenhum motivo para sentirmos sensibilidade dentinária ( comida quente ou gelada ) pois a a temperatura só propaga até a dentina, e esta é TOTALMENTE isolada no nosso sistema nervoso !!! It just Work !!

Por último um exemplo do nosso coração, vou tentar explicar resumidamente: nosso sistema de marcapasso natural é uma estrutura chamada Nodo Sino-atrial, essa estrutura está localizada no nosso Átrio direito e produz o impulso elétrico responsável pela contração do músculo cardíaco, esse impulso é resultado de um complexo ´´entra e sai`` de íons, representados na figura. O legal é o que ocorre na fase de repolarização :
´´Durante essa fase o valor mais negativo do potencial de membrana é -65mV, mas esse valor se altera. Há uma despolarização lenta, produzida pela abertura dos canais de Na e uma corrente de entrada de Na chamada de If. O ´´f``, que indica funny, denota que a corrente de Na difere da corrente rápida de Na responsável pelo curso ascendente no ventrículo. A If é ativada pela repolarização do potencial de ação anterior, assegurando assim que cada potencial de ação no nodo SA seguir-se-á um outro potencial de ação,``_ Linda S Constanzo



Resumindo, O CORAÇÃO SÓ CONTRAI POR QUE ELE JÁ CONTRAIU !!! It just work !!!

O uso do bordão preferido de Steve jobs caiu como uma luva ! RIP.

Mas e Deus ? bom, acho que vou começar a procurá-lo no meu livro de fisiologia...

Sobre a Ciência e a Insistência

Ontem saiu o anúncio do ganhador do Nobel da Química de 2011. O israelense Dan Shechtman foi o laureado, pela descoberta dos quase-cristais. Não posso abandonar minha veia científica, de modo que vou ter que falar um pouco dessa descoberta antes de ir aos finalmentes.


A Ciência...

Os sólidos cristalinos apresentam os átomos dispostos no espaço de maneira ordenada e de modo a formar um padrão periódico. Essa periodicidade é tão evidente que as estruturas cristalinas podem ser representadas por pequenas representações espaciais que contém a informação das posições relativas dos átomos no cristal. Essas representações são chamadas de células unitárias e a estrutura do sólido é formada pela repetição “infinita” dessas estruturas, posicionadas de forma adjacente umas às outras e sem que haja sobreposição.

O que Shechtman observou no material com o qual trabalhava é que ele apresentava um padrão de difração de raios-X correspondente a um arranjo cristalino impossível de ocorrer. A imagem abaixo ilustra isso bem. O espaço pode ser completamente preenchido pela repetição de polígonos com 3, 4 ou 6 lados, mas não com os demais (como exemplificado com pentágonos). Dan observou um padrão que indicava que esse preenchimento ocorria com polígonos de 10 lados, o que ia contra toda a teoria cristalográfica até então.


Não, eu não tenho muito a manha de desenhar no Power Point!


Pouco tempo depois mostrou-se que esse padrão poderia ser obtido para estruturas com algum tipo de ordenamento de longo alcance, mas que não exibissem periodicidade. Ou seja: não era um cristal, segundo a definição clássica (daí o nome de quase-cristais). Pode parecer estranho, mas é a mesma idéia de um mosaico: mesmo que haja algum tipo de ordem formada pela disposição das inúmeras peças, não há periodicidade; ou seja, a estrutura não pode ser representada pela repetição de células unitárias. Os mosaicos, inclusive, foram um indispensável suporte para idealizar como o comportamento relatado por Dan se refletia em termos de estrutura atômica.


Mosaicos no Palácio de Alhambra, na Espanha. Os "mosaicos" de Shechtman possuem uma regularidade associada à proporção áurea, que também aparece na sequência de Fibonacci

A força da descoberta de Shechtman foi abrir as portas para toda uma nova ciência do estado sólido e fazer com que o conceito de cristal fosse revisto. Até hoje a elucidação de arranjos atômicos de quase-cristais é uma coisa complicada e até mesmo duvidosa, ainda dependendo do trabalho de vários pesquisadores.


... e a Insistência

Uma coisa que me chamou a atenção quando eu estava lendo sobre Shechtman e seu trabalho foi que ele precisou enfrentar uma multidão de cristalógrafos céticos. Assim que o tal “padrão que pode ser associado a polígonos de 10 lados preenchendo o espaço” foi observado por Dan, o coordenador de seu grupo de pesquisa deu a ele um livro básico de cristalografia e, logo em seguida, o “convidou a se retirar” do grupo. As primeiras revistas científicas para as quais o trabalho foi enviado o rejeitaram prontamente. Apenas um tempo depois, após Dan buscar ajuda de outros cientistas, é que o trabalho foi publicado. Ainda assim sob uma saraivada de críticas. Críticas que vinham até mesmo de gente como Linus Pauling, ganhador de um Nobel da Química e um da Paz.

Essa situação mostra duas coisas. A primeira delas é que mesmo homens brilhantes podem errar feio. Linus Pauling errou nesse caso. Feynman já defendeu teorias que vieram a cair por terra. Até mesmo o famoso Einstein coleciona alguns erros científicos notáveis.

A segunda é que não fosse a persistência de Dan e sua coragem ao enfrentar os céticos, talvez até hoje os quase-cristais seriam desconhecidos.

Tudo isso casou muito bem com coisas que passaram pela minha cabeça há alguns dias. Para o meu trabalho de Mestrado, optei por preparar parte das minhas amostras de uma forma que foi relatada em 2003. Estou há mais de um mês tentando reproduzir os experimentos feitos por alguém e até hoje não obtive amostras que eu considerasse boas o bastante (mas já estou perto!). É fácil persistir quando se sabe que algo é possível. Mas e quando a viabilidade é desconhecida?

Muitos dos grandes trabalhos científicos surgem quando alguém detecta uma oportunidade e trabalha exaustivamente em cima dela, mesmo não tendo certeza do êxito. E isso é realmente complicado. Quantos pesquisadores já não investiram quantidades vultosas de tempo (e dinheiro) em projetos que não deram em nada? Algumas coisas simplesmente não dão certo, ora bolas, independente do quanto você se esforce.

Por essas e outras gostei bastante de Dan Schechtman ter ganhado o Nobel.

A tempo, no site http://nobelprize.org há sempre excelentes textos sobre os trabalhos laureados, tanto no “nível de divulgação científica” quanto no “nível acadêmico”. Vale a pena dar uma conferida se o assunto interessar!